A Eterna Demanda, Pearl S. Buck

Opinião: 
Sempre senti um certo fascínio pelos livros de Pearl S. Buck, antes mesmo de conhecer a sua escrita, talvez por ter pesquisado a vida da autora e as suas obras em geral. Também é certo que há livros que nos despertam a atenção... de qualquer forma não importa, o que importa é que à conta deste "chamamento" adquiri várias obras de Pearl S. Buck. Entretanto, a nova editora Elsinore lançou este romance inédito de Buck "A Eterna Demanda" e assim mergulhei nas suas páginas, na que parece ter sido, a sua última obra. E que obra!!
Uma narrativa que nos fala da sede de conhecimento, da importância da liberdade para criar, para escolher, para errar e para amar e sobretudo da integração de indivíduos de raça mista no mundo. A identidade é algo que o indivíduo tem de possuir na sua totalidade para viver com dignidade e respeito por si próprio. Assim, torna-se fundamental que estas pessoas sejam respeitadas. 
Pearl S. Buck, nasceu nos EUA, mas foi criada, pelos seus pais missionários, na China. Conheceu este povo como se ela própria fosse uma chinesa e dá-nos a conhecer, através dos seus romances, aquela cultura.
Finda a leitura, não pude deixar de relacionar o título do seu último trabalho, com a sua própria vida... "A eterna demanda" de mostrar ao mundo aqueles que mais marcaram a sua vida.
Gostei muito!

Sinopse:
Sou suficientemente americana, talvez, para querer casar-me contigo passando por cima de tudo aquilo que sou, mas, ai de mim, chinesa que baste para saber que devo ponderar.
Que pode o conhecimento dos livros contra a experiência íntima da vida? Randolph, jovem de extraordinária criatividade, parece ter um destino traçado para o êxito. Nascido nos Estados Unidos, parte pela Europa e Ásia com o desejo de descobrir o mundo vivendo-o, numa sede interminável de sabedoria.
Numa estadia em Paris, o seu caminho cruza-se com o de Stephanie. Filha de pai chinês e mãe norte-americana, também ela procura compreender e encontrar um lugar que seja seu, dividindo-se entre duas culturas aparentemente opostas. Separados durante longos intervalos e assim entregues aos seus fantasmas pessoais, preparam-se os dois para descobrir que se pode conciliar o conhecimento e a experiência, bem como as heranças ocidental e oriental, mas isso terá um preço…

Décadas depois da sua morte, em 1973, a recente descoberta do manuscrito de A Eterna Demanda, agora editado, revela-nos aquele que talvez seja o trabalho mais pessoal de Pearl S. Buck, nesta sua derradeira obra, uma comovente exploração da identidade que forjamos para nós próprios e para os outros.
O romance perdido, agora redescoberto, de uma das mais amadas escritoras norte-americanas


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