Sinopse
Neste segundo volume da trilogia Millennium, Lisbeth Salander é assumidamente a personagem central da história ao tornar-se a principal suspeita de dois homicídios. A saga desenvolve-se em dois planos que se complementam e só a solução do primeiro mistério trará luz ao segundo:  Há que encontrar os responsáveis pelo tráfico de mulheres para exploração sexual para se descobrir por que razão Lisbeth Salander é perseguida não só pela polícia, mas por um gigante loiro de quem pouco se sabe.

Opinião
Revelador. Surpreendente. Corrosivo.
O segundo livro da trilogia Millenium é tudo aquilo que se espera. Isto depois de se ter experimentado o primeiro da série. Em “A Rapariga que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo” continuamos a ter o mesmo tipo de enredo presente no livro que precedeu este. Ou seja, uma gigantesca trama; as mesmas personagens brutais; uma enorme crítica à sociedade, principalmente, àquilo que a corrompe; e o mais importante de tudo: homens que odeiam as mulheres e uma mulher que odeia homens que odeiam as mulheres. É aqui que entra Lisbeth, esta protagonista tão excêntrica quanto inesquecível, embora eu tivesse saudades dela na centena de páginas em que não aparece, sensivelmente a meio, algo que não me agradou, confesso.
Desta vez, a narrativa liga Lisbeth aos acontecimentos de forma ainda mais íntima do que no livro anterior, pois todo o seu passado é vasculhado e, mais importante ainda, acaba por ser esse passado que justifica tudo aquilo que ela é e tudo aquilo que as personagens que entram nesta história são.
O tema escolhido pelo autor é a escravidão sexual e o tráfico de mulheres provenientes da Europa do Leste. É uma temática sensível, embora a presença de Lisbeth nos habitue a tolerar tudo o que sucede por essas páginas fora.
Houve, no entanto, algo negativo que notei neste livro e me passou ao lado no primeiro, se é que existiu. Senti de forma insistente a necessidade de o autor explicar situações bem perceptíveis, mesmo para quem não tenha lido “Os Homens que Odeiam as Mulheres”. Isto acaba por acontecer regularmente nos policiais, mas penso que aqui não havia necessidade.
De resto, trata-se de um excelente livro de um dos melhores autores do género. É pelo menos um dos que mais me agrada.
“A Rapariga que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo” é altamente recomendável e obviamente estou ansioso por ler o último livro da saga.

6 comentários:

    On 15 julho, 2014 Paula disse...

    Parece muito bom, nota-se que adoraste a leitura. No entanto acho que não é a minha praia :P
    Mas é óptimo quando uma leitura nos agarra desta forma!

     
    On 15 julho, 2014 Anónimo disse...

    Olá

    Eu não aguentei a espectativa e tive de ler os três de seguida :D

    Muito bons mesmo :)


    Lígia

     
    On 15 julho, 2014 Dulce disse...

    Vasco, eu tenho esse livro mas tenho que ler o 1º para entender este?
    bjs

     
    On 15 julho, 2014 Vasco disse...

    Bem, para entender o enredo não necessariamente, Dulce.
    Mas para perceber melhor como funcionam as mentes dos protagonistas, Mikael e Lisbeth, e também a ligação de uma das vítimas à Lisbeth, seria preferível ler o primeiro.
    Ou então podes optar por ver o filme, que tem passado na MOV... o que não é a mesma coisa.

     
    On 15 julho, 2014 Dulce disse...

    Não eu prefiro ler, apesar de gostar de cinema, mas não é a mesma coisa!
    Para a semana vou à biblioteca pedir os outros 2. Para a semana começam finalmente as tão ansiadas férias!
    Obrigada Vasco.
    Bjs

     
    On 15 julho, 2014 Vasco disse...

    É o ideal, Dulce... e BOAS FÉRIAS!

     

Blogger Templates by Blog Forum