Momentos Nonsense #10



Existe algo que não compreendo na raça humana, principalmente nos homens. Homens-macho digo.
Eu, tanto quanto sei, sou um homem-macho, embora com algumas nuances mentais que não façam jus a esse título: não gosto de telemóveis nem de carros, de falar de gajas, nem de andar à porrada embora seja um mestre na prática de Aikido. Quase mestre, na verdade.
Portanto, o que estranho é que os homens-macho sintam que o carro em que circulam é uma espécie de caixa-forte. Não que possua uma combinação secreta ou algo do género ou que envolvam algo de valor. Não. É que quando se sentam ao volante da caixa-forte, que afinal é apenas um carro, ficam alterados. Ou seja, sentem-se no direito de insultar tudo e todos pela mais pequena falha - às vezes nem isso - do condutor que segue mesmo ao lado.
É que se não fosse essa caixa-forte (aka carro) nem abririam a boca para um cumprimento que fosse, quanto mais para um insulto.
Sonho ver o dia em que circulo a pé, passo à frente de outro peão numa passadeira qualquer e ele me diga "olh'aí, ó boi, não vês que eu tenho prioridade?" Ou quando mudo de sentido num passadiço, quase colido com outro caminhante e ouço "não vês que mudaste de direcção, ó minha besta? Deves ter tirado a carta - de peões, claro - com o Coentrão, seu aborto de merda."

5 comentários:

    On 07 março, 2014 Paula disse...

    Adorei!
    Tal e qual!!
    :)

     

    Boa lol esse tipo de comportamentos também é coisa que me escapa...

     
    On 10 março, 2014 Vasco disse...

    :) Pois, mas a Filomena tem uma desculpa... Não é um homem-macho...

     
    On 10 março, 2014 Dulce disse...

    É dentro de um carro e por trás de um PC, as pessoas transformam-se e acham-se todos poderosos! Gentinha!!!Cara a cara são autênticos "abortos".
    Bjs
    Dulce Barbosa

     
    On 10 março, 2014 Vasco disse...

    É mesmo...

     

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