Opinião:
Este conto de Rui Zink ilustra as relações, nomeadamente as relações entre casais. Onde a mulher é sempre mais romântica e o homem mais prático. Não deixei de notar uma visão masculina da questão, uma visão menos romanceada do amor.

A narrativa é apresentada com um toque de humor, lê-se com um sorriso nos lábios, porque o autor vai interagindo com o próprio leitor. O conto começa com a frase "O leitor tem um instantinho?" e começamos desde logo a sentir intimidade com aquelas palavras.

Rui Zink, ao longo da escrita vai alertando para outros tempos e até dando algumas explicações sobre o que escreve e o porquê de escrever assim sobre o referido assunto. Um assunto importante, mas que o tempo tem desgastado e que até as próprias pessoas passam para segundo plano. Há prioridades que, muitas vezes, parecem estar no topo dos interesses... mas será que são realmente as mais importantes? Para o autor, no conto, parece que sim. Contudo, outros terão certamente opiniões diferentes. 

Gostei!

Rui Zink
Nasceu em Lisboa, em 1961. Escritor, tradutor e professor no Departamento de Estudos Portugueses da Universidade Nova de Lisboa, tem mais de duas dezenas de obras publicadas. Algumas delas traduzidas para inglês, alemão, hebraico, japonês, romeno, italiano, sérvio, croata e francês.
Entre romances, novelas, livros de contos e novelas gráficas, podemos destacar Hotel Lusitano (1987 – novela de estreia), A Realidade Agora a Cores (1988), Homens-Aranhas (1994), Apocalipse Nau (1996), O Suplente (1999), Os Surfistas (2001), O Anibaleitor (2006), O Destino Turístico (2008 — Prémio Ciranda), A Arte Suprema (1997 — Prémio Melhor Livro Amadora BD) e Rei (2007; em coautoria com António Jorge Gonçalves).
Recebeu o Prémio do P.E.N. Clube Português, pelo romance Dádiva Divina (2005) e, recentemente, viu um trecho de O Destino Turístico ser integrado na antologia Best European Fiction 2012.
Os seus mais recentes títulos são O Amante é Sempre o Último a Saber (2011), Luto pela Felicidade dos Portugueses (2012) e A Instalação do Medo (2012).*

*Informação retirada do conto

5 comentários:

    Olá Paula,
    tens um selinho no blogue:)

     

    Paula,
    os livros do Rui Zink são para mim uma delícia. Gosto da interação que ocorre com o leitor, quase como se fôssemos cúmplices no desenrolar das histórias. Aprecio bastante o tom humorístico da sua escrita. Como pões, e bem, uma leitura de sorriso nos lábios.
    Este livro nunca li mas não duvido do seu interesse.
    Abraço.

     

    André Nuno, este é um conto que saiu no DN

     

    Obrigado Jojo

     

    É dos meus contos favoritos! :)

     

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