O Inverno do Mundo, Ken Follet

Opinião:

Esta é uma narrativa que se divide em três partes. A primeira parte é aquela que antecede a II Guerra Mundial, diz respeito à entrada em cena de Hitler e das ideias, dos conceitos e dos objectivos de todos os que o apoiam. É nesta primeira parte que o autor nos recorda as cinco famílias do primeiro volume da trilogia, no entanto serão os filhos de cada uma destas famílias que terão grande destaque no decorrer da narrativa.

Todos eles terão uma evolução ao longo do livro, uma evolução no sentido de adquirirem maturidade com a guerra e após esta e alguns dos personagens sofrerão alterações drásticas no que concerne à sua caracterização. Neste aspecto e noutros Ken Follet esteve excelente!

É uma obra com uma grande componente histórica, como já era de esperar. Quem quiser ler sobre a II GM sem ler o primeiro volume da trilogia pode fazê-lo com bastante à vontade, pois o autor teve o cuidado de ao longo da narrativa ir recordando/informando o leitor do passado de cada um dos personagens, desta nova geração, que agora toma o papel principal na obra “O Inverno do Mundo”.

Na primeira parte da narrativa, que é aquela que antecede a II GM como eu já referi, é feita a descrição dos primeiros horrores praticados pelos nazis na Alemanha onde Hitler começa a conquistar terreno junto de alguma população. Os actos praticados são “horrendos” e horrorizam o leitor. É como se estivéssemos lá a ver aquelas atrocidades a serem cometidas. Confesso que fiquei perturbada com algumas das cenas descritas.

A influência de Hitler começa a chegar aos poucos aos outros países e começa a temer-se o pior… as pessoas que se sentiam em segurança deixam de estar e quando finalmente a Inglaterra interfere no curso dos acontecimentos a II Guerra Mundial tem o seu início e a parte II do livro também.
Esta segunda parte, é a fase mais longa da leitura, mas também a mais interessante. É aqui que se centra o principal da obra – toda a informação sobre a II GM no que diz respeito à política adoptada, aos interesses, às conveniências, e ao estado da população e dos soldados em todos os países que acabam envolvidos neste massacre!
É também nesta fase que verificamos mudanças ao nível da caracterização dos personagens feita inicialmente. Muitos deles mudam com a necessidade de sobreviverem, outros com a necessidade de viverem de forma verdadeira. Outros ainda porque presenciam certos acontecimentos e jamais conseguirão voltar ao que eram anteriormente. Conseguimos assim, verificar as consequências da guerra em cada um dos elementos que participam na obra…

Na terceira parte é feita uma alusão ao que ficou depois da guerra – o que ficou por fazer, o que restou… dos homens e dos países! Mas principalmente o que começou a mudar…

Esta foi uma leitura que apreciei bastante, é uma obra excelente. No entanto, gostei mais do primeiro volume, talvez porque este segundo volume segue a mesma linha do primeiro. Não houve nenhum elemento diferente que destacasse esta obra da primeira e que conseguisse surpreender o leitor. A escrita é bastante linear e não oferece grandes momentos que apelam à reflexão.

Penso que o facto de eu ter apreciado mais o primeiro volume do que o segundo deve-se também à quantidade de obras publicadas que falam sobre este mesmo tema. É uma obra excelente é verdade, mas também é verdade que não acrescenta nada de novo.

O livro aqui na editora


A minha opinião ao primeiro volume da trilogia - A Queda dos Gigantes aqui

1 comentários:

    Muito provavelmente irei ler esta trilogia, mas só quando o terceiro já estiver pelas livrarias. ;)

     

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